14/03/2019 às 17h16min - Atualizada em 14/03/2019 às 17h16min
Paulistanos apostam em armas de choque para evitar assaltos e assédios
Populares na região da rua 25 de março, os ‘tasers’ são vendidos em larga escala
Imagem ilustrativa Tentativas de assalto tem levado indivíduos a procurar maneiras de sentirem-se mais seguros. Entre as soluções, está a compra de armas de choque, também conhecidas como ‘taser’. De cor preta e um pouco maior do que um smartphone, o item assemelha-se a uma maquininha de cortar cabelos e conta com uma lâmpada de LED.
Seu choque pode atingir 29.000 volts e para acioná-lo é preciso destravar uma pequena alavanca e pressionar o botão. Apesar de algumas empresas ameaçarem de expulsão o colaborador que porta esse tipo de equipamento (caso da Uber), o objeto tornou-se assunto frequente nos fóruns on-line de motoristas da categoria, temerosos por sua segurança.
Parte deles adquire o apetrecho na região da Rua 25 de Março, onde a venda é feita por ambulantes que disparam choques em meio à multidão para atrair a clientela (o barulho pode ser ouvido a metros de distância). De acordo com os ambulantes, são vendidas até duas dezenas do item por dia. Os valores vão de 25 a 90 reais, a depender do tamanho e do modelo. O preço, no entanto, pode ser 40% mais baixo se o cliente pechinchar. Tudo, é claro, sem nota fiscal.
No Mercado Livre, o arremate sai por valores entre 20 e 173 reais em lojas de 511 anúncios alocados na capital (já foram vendidas 24.900 unidades). Na plataforma, além dos formatos iguais aos da 25 de março, há opções disfarçadas de batom ou de celular. Outra diferença é a venda por atacado. Pagam-se a partir de 113 reais por quatro unidades do modelo “lanterna”, o mais simples.
A facilidade de encontrar essa arma tem uma razão: diferentemente das pistolas que acertam o alvo a distância por meio de um dardo energizado (exclusivas de órgãos de segurança ou empresas que possuem registro no Exército), os tasers que são disfarçados de lanternas, maquininhas, batons e toda sorte de bugigangas não têm venda controlada pelo Exército e, por isso, podem ser comercializados livremente no país.
FONTE: Veja São Paulo