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14/03/2019 às 17h19min - Atualizada em 14/03/2019 às 17h19min

Cresce o número de frequentadores nos clubes de tiro da capital

O decreto que facilita a posse de armas de fogo no país foi um dos motivadores desse aumento.

Imagem ilustrativa
Nas salas do clube de tiro Cobracom, na Vila Prudente, Zona Leste, espalham-se modelos de pistola, revólver e espingarda, além de vários tipos de munição e equipamentos como coletas à prova de bala e capacetes, alguns deles disponíveis para locação ou venda. Também chama atenção a imagem do Sagrado Coração de Maria, de 1,70 metro de altura, ao lado do balcão de atendimento.
Cenas e espaços como esses tendem a se tornar mais frequentes e numerosos na capital após o presidente Jair Bolsonaro ter flexibilizado as regras para a aquisição de armas de fogo no país, em decreto público do dia 15 de fevereiro. Dos dez clubes paulistanos listados pela Federação Paulista de Tiro Prático, alguns já começaram a registrar um aumento no interesse popular. A Academia Centaurus, no Butantã, Zona Oeste, por exemplo, conta atualmente com 600 associados, mas esse pelotão está perto de ganhar mais adeptos.
Outras empresas do ramo estão preparadas para absorver o aumento da procura. Antes localizado em um acanhado galpão de 500 metros quadrados no Ipiranga, o Grêmio Desportivo Águia de Haia investiu 450.000 reais para levantar a recém-inaugurada nova sede do Jabaquara, na Zona Sul, em uma área cinco vezes maior. Por ali há dois estandes, um exclusivo dos 1.200 sócios e outro destinado aos alunos dos cursos. Um salão exibe troféus e medalhas conquistados por frequentadores. A loja vende artigos como camisetas e prepara-se para também oferecer armas, o que deve ajudar a aumentar o faturamento anual, de cerca de 200.000 reais mensais. O espaço tem ainda playground, mesa de sinuca e academia.
Em teoria, não seria complicado inscrever-se em um curso básico de tiro. Bastaria ser maior de idade (18 anos, pelo menos por enquanto), não ter antecedentes criminais e apresentar um documento com foto (alguns locais exigem a carteira de identidade). Mas outros requisitos específicos não são incomuns nos clubes. No Cobracom só entram indicados por sócios. Em outros lugares, os critérios são mais subjetivos.
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